quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Boas histórias

Depois de vários dias de tristeza, me peguei apaixonado pelo jonalismo.

Tudo começou na terça-feira, quando publiquei uma reportagem especial sobre um projeto social. O projeto, chamado Adote uma Criança pro Esporte, convida pessoas de boas condições financeiras para patrocinar escolinha de Vôlei para crianças de um bairro carente.

Na terça-feira mesmo, descobri que a reportagem foi muito bem recebida pela diretoria da Folha de Pernambuco (jornal que trabalho). Ganhou foto na primeira página (coisa que eu nunca tinha conseguido em oito meses de labuta) e foi elogiada na reunião de avaliação diária. Também fui parabenizado pelos meus editores e colegas. Todos adoraram.

O problema é que eu estava odiando a matéria. Não queria nem mais falar sobre ela.

Tudo mudou ontem de tarde. Um dia depois da publicação da reportagem, encontrei com o responsável pelo projeto, o professor de Vôlei do Sesc Santo Amaro, Gildo Soares. Ele estava muito feliz. O trabalho que vinha realizando há meses estava mostrando resultados. Só na terça, ele recebeu mais de 60 ligações (coloquei o número do celular dele na matéria). Alguns telefonemas foram parabenizando e outras querendo ajudar. Ele disse que não tinha palavras para agradecer.

Mais tarde, falei com duas pessoas que leram a matéria e, por conta disso, decidiram apadrinhar uma criança. A reportagem emocionou cada uma delas de um jeito diferente. A primeira era bailarina e também teve dificuldades financeiras na infância. Já a segunda, tem dois filhos ligados ao vôlei. Para ela, o esporte sempre fez parte da família.

Depois de escutar esses vários relatos, me peguei adorando a reportagem. Descobri que estava me lixando para a opinião dos jornalistas que trabalham comigo. Não quero ser um jornalista que escreve pra outro jornalista, como muitos fazem por aí. Não quero passar a vida correndo atrás de furo, principalmente porque, quase ninguém lê todos os jornais do mundo e poucos saberão do tal furo.

Não! Eu quero a opinião dos leitores. Quero saber que, de alguma forma, consegui tocar no coração de uma pessoa. Fico feliz em saber que as linhas escritas por mim, serviram para melhorar a vida de alguém. É ótimo saber que contei uma boa história.

É assim que o jornalismo deveria ser.

Sempre atrás de boas histórias.

*Se alguem tiver se interessado, segue o link com a matéria:

http://www.folhape.com.br/folhape/materia.asp?data_edicao=02/09/2008&mat=109987

Um comentário:

disse...

Finalmente a razão baixou no seu ser!!!!

kkkkkkkkkkkkkkkk

Bjo